Rio de Janeiro: cidade esportiva, cidade olímpica

Imagens dos esportes nas revistas ilustradas entre 1918 e 1948
Exposição de 13 de setembro a 21 de outubro de 2016

A presente exposição procura ser uma pequena amostra dos primórdios esportivos desta cidade, convertida agora em palco esportivo do mundo. Trata-se de uma breve incursão pelas fontes do primeiro tempo do imaginário esportivo nacional, uma vez que, segundo o escritor Gilberto Freyre, o Rio de Janeiro é uma cidade “panbrasileira”. A fim de animar esta história, a exposição reúne imagens de um dos acervos mais caros à Fundação Casa de Rui Barbosa: as revistas semanais ilustradas.

Revistas ilustradas foram periódicos surgidos na capital da República em princípios do século XX. O Malho, Fon Fon e Careta constituíram alguns dos seus mais representativos semanários. Eles marcaram época, quer seja pela irreverência de seu humor político, pela crítica social de suas reportagens ou pela projeção de seus artistas-profissionais, responsáveis por importantes inovações no campo do jornalismo brasileiro.

A realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro foi um feito inédito e extraordinário. Em exatos 120 anos de história, entre 1896 e 2016, foi a primeira vez que se realizou em uma cidade da América do Sul a moderna versão desse que hoje é um dos maiores megaeventos esportivos internacionais.

As características geográficas, históricas e sociais do Rio, marcadas por sua história portuária e por sua centralidade político-cultural na formação do Brasil, foram alvo de interesse de milhares de turistas, nacionais e estrangeiros, que afluíram à cidade. Visitantes de todo o mundo tiveram a oportunidade de assistir às diversas modalidades, desempenhadas por atletas de seus países, e de presenciar as mais diferentes competições desse rito quadrienal do “concerto das nações” que são as Olimpíadas.

Feito memorável na vida do país, seu significado extrapola os 18 dias de atividades competitivas e de performances atléticas que aconteceram ao longo do último mês de agosto. Assim como as expectativas que antecederam os últimos sete anos de preparação, desde que a cidade foi eleita para sediar os Jogos em 2009, o encerramento do torneio enseja a reflexão em torno de questões fundamentais. Que cidade queremos? Como os esportes contribuem para pensar a esfera pública de um país? Qual a utilidade dos novos espaços para a integração social? Que legado deixarão os equipamentos esportivos para a mobilidade urbana?

— Bernardo Buarque de Holanda


Créditos

Realização

Centro de Pesquisa da FCRB

Coordenação

Antonio Herculano Lopes
Roberto Abreu

Curadoria

Bernardo Buarque de Holanda

Assistentes

Aira Bonfim
Luigi Bisso

Produção e montagem

Ygá-Mirim Comunicação

Agradecimentos

Biblioteca Nacional

As Olimpíadas de Anvers

O Brasil nas Olimpíadas de Antuérpia

Jogadora de tênis

Olimpíadas de 1932

Os brasileiros nos Jogos Olímpicos

Os campeões olímpicos de 1948

Regresso dos campeões

O Brasil em Antuérpia